25.8.16

Uma fotografia por dia... nº 3895

Póvoa de Varzim, 2016

Foi meu companheiro de todas as manhãs na minha adolescência. Olho para ele hoje com um certo carinho que não me suscitava de todo na altura em que aquele retinir tenebroso me acordava para as aulas. Reparo agora que a relojoaria onde foi fabricado é aqui na Póvoa...

9 comentários:

AFlores disse...

E nunca o deites fora... um relógio parado está certo duas vezes por dia.

Grande abraço!

Antonio disse...

Igualzinho a um que tive, também na minha adolescência! Cheguei a levá-lo para lisboa, e como as noitadas eram bravas, a barulheira que este despertador fazia mais parecia a sineta dos bombeiros a tocar a rebate! Resultado! Uma pancada seca às escuras e ele calava-se!!! O sono continuava!! Tive de mudar de estratégia: Despertador carregado no máximo, dentro de uma panela de alumínio, tampa amarrada com corda!! Quando tocava a rebate, de manhã, acordava eu e todo o meu grupo de colegas, vociferando ameaças!!! Tempos!!!!!!

Anónimo disse...

Nunca tive um destes, mas tinha um sino da igreja que gentilmente e ruidosamente fazia o favor de quarto em quarto de hora dar a informação precisa das horas.
Quando o relógio um dia avariou, não confessei ao Sr.padre...mas foi uns dos dias mais felizes da minha vida.
Bons tempos!

Anónimo disse...

Por aqui diz-se que um relógio parado, a vida não anda(...)
Onde estacionaste este teu relógio mfc?
Abraço

Anónimo disse...

Não é por nada, mas essa avaria no relógio da igreja é no mínimo suspeita (?)
Deu-lhe muito jeito...
Cala-te boca (a minha)...também nunca confessei ao padre que bebi o vinho da missa.Verdade seja dita, o padre sabia o que era bom.
Mas, voltando ao relógio do mfc, o valor das coisas é indiscutível.

Anónimo disse...

Uma relíquia!

Anónimo disse...

Será o relógio dono do tempo ou marcador do tempo? Tanto faz, pois o que importa é o tempo que recordamos e seguramente se guardamos memórias é porque esse tempo deixou saudades.

Anónimo disse...

O Tempo

O despertador é um objecto abjecto.
Nele mora o Tempo. O Tempo não pode viver sem nós, para não parar.
E todas as manhãs nos chama freneticamente como um velho paralítico a tocar a campainha atroz.
Nós, é que vamos empurrando, dia a dia, sua cadeira de rodas.
Nós, os seus escravos.
Só os poetas
os amantes
os bêbados
podem fugir
por instantes ao Velho...
Mas que raiva impotente dá no Velho quando encontra crianças a brincar de roda e não há outro jeito senão desviar delas a sua cadeira de rodas!
Porque elas, simplesmente, o ignoram... (por Mario Quintana)

mrgrd


addiragram disse...

Tive um idêntico que também me gritava aos ouvidos e com o qual me zangava todas as manhãs. O teu deve ter sofrido muitos tratos de polé, porque parece ter saído de um bombardeamento.

26/08/16, 23:15